Curitiba, 10 de julho de 2024
Síndrome do Tédio também afeta saúde mental no ambiente de trabalho
Conhecido como boreaut (do inglês boring, entediado) a síndrome se caracteriza pela desmotivação na vida profissional
Ao contrário da conhecida síndrome de Burnout, caracterizada pelo esgotamento emocional, manifestado de forma física e mental, nos ambientes de trabalho, a Síndrome do Tédio, o boreaut, originário do inglês bored (entediado), pode afetar a vida profissional, quando há uma ausência de prazer, interesse e até reconhecimento das atividades.
Embora ainda não seja reconhecida oficialmente com uma doença ocupacional, pela Organização Mundial da Saúde, existe uma alerta nas corporações sobre esse comportamento de apatia, falta de reconhecimento e prazer, que podem levar a quadros de depressão, conforme analisa a advogada especialista em saúde mental, Adriana Belintani. “É muito comum nos dias atuais se falar em exaustão, redução de eficiência e falta de conexão com os colegas de trabalho, o burnout, recentemente classificado como uma síndrome defensiva (mecanismo de defesa), que se manifesta em diversas profissões. Entretanto, existe também o boreaut, quando o trabalhador se sente pouco valorizado”, explicou Adriana. “Geralmente a pessoa se sente desmotivada, por não ser requerida para execução de tarefas, e consequentemente, com o passar do tempo, não sente mais prazer em suas atividades laborativas e o trabalho se torna de fato um verdadeiro fardo a ser carregado”, completa.
Desconexão com ambiente e os sintomas
Por não se sentir como parte do negócio ou integrado à empresa, o colaborador se desconecta e a aderência ao trabalho se torna quase nula. Isso acontece geralmente quando há menos demanda para cumprimento das tarefas, sua participação nos desafios da equipe é dispensada e assim seu ambiente laboral passa a ser entediante. “A Síndrome de bureout pode ocorrer até mesmo em trabalhadores recém contratados, quando descobrem que as características informadas no momento da contratação, não correspondem às atividades propostas a eles diariamente na rotina da empresa”, alertou a advogada.
Os sinais mais evidentes que podem identificar o boreaut são ansiedade, insônia, sentimento de não realização, problemas de pele e baixa estima. Estas são algumas situações comuns à síndrome:
Ter pouco trabalho e passar muito tempo sem atividades;
Não ter seu trabalho reconhecido pelas pessoas;
Realizar atividades monótonas;
Realizar funções que não se adequam à sua qualificação;
Receber menos responsabilidades do que poderia;
Encontrar muitas limitações ao dar uma ideia inovadora;
Não ver oportunidades de crescimento na empresa;
Condições precárias de trabalho;
Clima organizacional ruim;
Envolver-se em relações de competição e conflitos com colegas. “É dever legal da empresa manter um ambiente de trabalho sadio e atento ao problemas de ordem mental e emocional de seus colaboradores, por isso é fundamental investir em alternativas que visam reduzir o tédio dos colaboradores no ambiente de trabalho”, concluiu Adriana Belintani.
Sobre Adriana Belintani- Advogada especialista em saúde mental com 27 anos de atuação nas áreas trabalhista e previdenciária. Com escritório sediado no interior de São Paulo, Belintani tem clientes em todo o Brasil e atende principalmente processos de trabalhadores que desenvolveram alguma doença referente à saúde mental por conta do trabalho ou algum acidente na empresa ou algum tipo de doença ocupacional. Ela também representa empresas nos processos relativos ao mesmo tema. A profissional também é ativa na divulgação e no esclarecimento dos motivos que levam as pessoas a adoecerem no ambiente do trabalho.
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