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Seleção de 1970 Tri campeã no México

Era uma vez, em um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, um time de futebol que encantou o mundo. 

Lembro-me como se fosse ontem de ver Pelé, o Rei do Futebol, realizar dribles de ouro. Quem nunca se emocionou ao ver o elástico de Rivellino, o lançamento preciso de Gérson, ou a corrida fulminante de Jairzinho? 

E aquela defesa impenetrável, liderada por Carlos Alberto, que mais parecia um tanque em campo. E Clodoaldo, que dominava o meio de campo com maestria, lançando bolas mágicas para Pelé, Gérson e Rivellino. Eram gênios com a bola nos pés, heróis de um tempo que ficou eternizado na memória de uma nação.

E foi assim que, em 1970, sob o comando de Zagallo, o Brasil conquistou o tricampeonato mundial no México.

Aquele time, conhecido por sua habilidade e espírito de equipe, não apenas venceu, mas encantou o mundo. 

Cada jogo era um espetáculo, cada gol, uma obra de arte. A taça Jules Rimet, conquistada em definitivo, era o símbolo de uma era dourada do futebol brasileiro.

Seleções de 82 e 86 famosos campeões morais 

Mas, como dizem, o tempo não perdoa ninguém. 

O mundo mudou, e o futebol também. 

Outros países começaram a se profissionalizar, enquanto o Brasil, talvez embriagado pelos louros do passado, ficou para trás. 

A glória daqueles craques eternos tornou-se uma lembrança distante, algo para se contar aos netos com um brilho nos olhos e um suspiro saudoso.

Na década de 1990, o Brasil viveu outro momento de euforia com o tetracampeonato em 1994. 

Mais uma vez, a política se misturou com o esporte, levando o povo à loucura. 

Coincidência ou não, João Havelange comandava a FIFA, e seu genro estava à frente da CBF. 

Era o pão e circo para a população, uma alegria momentânea que mascarava os problemas do país. 

Comemoremos, então, mas sempre com um olhar crítico sobre os bastidores do futebol.

É tetra! É tetra! Brasilililil

O penta veio em 2002, mas já sem o brilho coletivo das equipes de outrora. 

Era uma seleção de craques esporádicos, que brilhavam em seus clubes, mas deixavam a desejar na seleção. 

Valiosos jogadores,"$$$" sem dúvida, mas sem a magia coletiva que encantava o mundo.

Brasil pentacampeão do mundo 

E hoje, o que temos? 

Um craque cai-cai, que mais se preocupa em cair do que em jogar. 

Um "juntadão" de patrocinadores e empresários ávidos por expor suas joias ao mundo. 

Sem tática, sem técnica, sem disciplina. 

Cada um por si, e o resto que se dane. 

A entrega em campo é rara, quase uma exceção.

Se continuar assim, o futuro parece sombrio. 

Talvez consigamos ir para a próxima Copa do Mundo, graças às mudanças recentes que aumentaram o número de seleções participantes. 

Mas será suficiente? Será que veremos novamente uma seleção brasileira que nos encha de orgulho, que nos faça vibrar e nos leve às lágrimas de alegria?

Só o tempo dirá. 

Enquanto isso, continuamos a contar histórias do passado, lembrando dos tempos gloriosos, e torcendo para que, um dia, possamos viver novamente a magia do futebol brasileiro.